No 20 de Novembro de 2018, o Mirante Cineclube realizou a primeira edição da Sessão Quilombo de Cinema Negro. Com apresentação do grupo de rap Reles No Rules e debate mediado pelos membros do cineclube, o evento lotou a sala de cinema do Centro Cultural Arte Pajuçara em pleno feriado. A curadoria foi pensada com a proposta de mostrar um breve panorama do cinema negro brasileiro contemporâneo, passando por cineastas de várias partes do Brasil, introduzidos por uma de uma das maiores obras do segmento.

A Mostra Quilombo de Cinema Negro foi o primeiro evento de grande porte realizado pelo Mirante Cineclube, grupo em atividade há quase quatro anos. Em 2018, o coletivo produziu a Sessão Quilombo de Cinema Negro, no 20 de Novembro, com curadoria do realizador e integrante do cineclube, Janderson Felipe. No ano de 2019, devido ao grande número de inscritos e após a entrada de parceiros e apoiadores, a sessão virou mostra com exibições, apresentações culturais e debates entre os dias 20 e 22 de novembro, no Centro Cultural Arte Pajuçara.

Para a II Mostra Quilombo de Cinema Negro (2020), que aconteceu inteiramente em formato online, nós trouxemos a imagem do Atlântico. Não no sentido mítico e cronológico, mas numa perspectiva fundante de desdobramentos que levaram às encruzilhadas que constituem a diáspora.
Pensar em diáspora é pensar no Atlântico Negro enquanto travessia para um não-lugar que se desdobra num novo lugar. Essa cosmicidade é um encontro de diferenças dispostas no mar; ou na tela, estamos falando de cinema atlântico. A ideia de um Atlântico Negro une, sem essencializar, essas forças de revolta, de ação. Os filmes selecionados e convidados para essa Mostra Quilombo carregam dentro de si a miríade encruzilhada de conceitos, sons, discursos e rimas, nos fazendo experienciar o vai-e-vem das ondas negras.

2018

No 20 de Novembro do ano passado, o Mirante Cineclube realizou a primeira edição da Sessão Quilombo de Cinema Negro. Com apresentação do grupo de rap Reles No Rules e debate mediado pelos membros do cineclube, o evento lotou a sala de cinema do Centro Cultural Arte Pajuçara em pleno feriado.

A sessão foi aberta pelo filme Alma no Olho (1974), dirigido e interpretado por Zózimo Bulbul, nome fundamental do cinema negro brasileiro. Em seguida, foram exibidos os curtas Kbela (2015, dir. Yasmin Thayná), Caixa D’água: Qui-lombo é esse? (2012, dir. Everlane Moraes), Quintal (2015, dir. André Novais Oliveira) e CorpoStyleDanceMachine (2017, dir. Ulisses Arthur).

A curadoria foi pensada com a proposta de mostrar um breve panorama do cinema negro brasileiro contemporâneo, passando por cineastas de várias partes do Brasil, introduzidos por uma de uma das maiores obras do segmento.

A Mostra Quilombo de Cinema Negro foi o primeiro evento de grande porte realizado pelo Mirante Cineclube, grupo em atividade há quase quatro anos. Em 2018, o coletivo produziu a Sessão Quilombo de Cinema Negro, no 20 de Novembro, com curadoria do realizador e integrante do cineclube, Janderson Felipe. No ano de 2019, devido ao grande número de inscritos e após a entrada de parceiros e apoiadores, a sessão virou mostra com exibições, apresentações culturais e debates entre os dias 20 e 22 de novembro, no Centro Cultural Arte Pajuçara.

O Mirante realizou uma chamada aberta para filmes de todo o Brasil, recebendo 89 inscrições de 16 estados brasileiros. O objetivo foi o de se propor a ampliar as subjetividades e possibilidades de imaginários de pessoas negras no cinema; subverter a imagem. A curadoria foi composta pelos membros do cineclube, Rose Monteiro, Janderson Felipe e Lucas Litrento. os filmes escolhidos fazem a intersecção de formas cinematográficas e discursos políticos diversos, transitando por várias regiões do Brasil e revelando a potência dos olhares opositores do cinema contemporâneo. Num período onde se vê uma censura declarada ao cinema e a descontinuidade de mostras e festivais importantes, o Mirante Cineclube se coloca na disputa de narrativas e finca raízes na cena cultural alagoana.

O evento homenageou a historiadora, professora, roteirista, poeta e ativista pelos direitos humanos de negros e mulheres, Beatriz Nascimento. Nascida em Sergipe, é considerada um dos grandes nomes do Movimento Negro Brasileiro e peça fundamental para os estudos raciais no Brasil. Também é autora e narradora do filme Ôrí, da diretora Raquel Gerber, documentário que aborda de forma ensaística a identidade negra e as novas formas de quilombos nas cidades do país.

Dentro da mostra teve o lançamento do filme alagoano, Ilhas de Calor, de Ulisses Arthur. Filmado em Viçosa/AL com alunos secundaristas, depois de passar por alguns dos principais festivais de cinema brasileiro como: Janela Internacional de Cinema, Curta Cinema, Cine Ceará, Panorama Coisa de Cinema e entre outros, a sessão no dia 22/11 terá presença de elenco e do diretor com ingresso promocional a R$ 5,00.

Além das sessões a mostra tivemos um show do grupo alagoano de Hip Hop, Reles No Rules, no dia 20 de novembro às 19h30. Já no dia 21, houve um sarau de poesia com os/as poetas negros/as: Ana Iris, Isis Florescer, Lucas Litrento, Geovani Ursulino, Richard Plácido, Karol Moraes, Jean Albuquerque e Amanda Duarte e uma conversa com os artistas visuais Gutemberg Nascimento, Mariana Marques, Fabbio Cassiano, Rebeca e Miguel Nogueira (Midrusa) que fizeram os cartazes especiais desta edição. Nos dois dias, as atividades começaram às 19h30 e foram totalmente gratuitas.

A Mostra Quilombo de Cinema Negro é uma realização do Mirante Cineclube e do Centro Cultural Arte Pajuçara e conta com o apoio da Núcleo Zero, FMAC (Prefeitura de Maceió) e do projeto Vamos Subir a Serra, além da parceria com o portal Alagoar e a produtora alagoana Bagaceira Filmes.

2019

2020

Para a II Mostra Quilombo de Cinema Negro, que aconteceu inteiramente em formato online, nós trouxemos a imagem do Atlântico. Não no sentido mítico e cronológico, mas numa perspectiva fundante de desdobramentos que levaram às encruzilhadas que constituem a diáspora. 

Pensar em diáspora é pensar no Atlântico Negro enquanto travessia para um não-lugar que se desdobra num novo lugar. Essa cosmicidade é um encontro de diferenças dispostas no mar; ou na tela, estamos falando de cinema atlântico. A ideia de um Atlântico Negro une, sem essencializar, essas forças de revolta, de ação. Os filmes selecionados e convidados para essa Mostra Quilombo carregam dentro de si a miríade encruzilhada de conceitos, sons, discursos e rimas, nos fazendo experienciar o vai-e-vem das ondas negras. 

E assim, afastados presencialmente, a tônica desta edição foram os encontros, mesmo que virtuais, nos fazendo experienciar as diversas formas de vivências negras. Entre os dias 20 a 25 de novembro estaremos juntos, aguardem as surpresas.

2021